Petróleo fecha em baixa, pressionado por perspectivas de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 25, pressionados pelas perspectivas para um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. A sinalização, que ameniza os temores por uma maior escalada do conflito no Oriente Médio, reduz os prêmios de risco para a commodity. Sem fatores novos, analistas projetam um mercado abastecido ao longo do próximo ano, já que os maiores consumidores do mundo não apresentam indícios de que irão incrementar a demanda.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 3,23% (US$ 2,30), a US$ 68,94 o barril, enquanto o Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,87% (US$ 2,16), a US$ 73,01 o barril.
Segundo a Reuters, quatro fontes libanesas importantes disseram que há um plano para os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, anunciarem um acordo de cessar-fogo entre Hezbollah e Israel dentro de 36 horas. "Isso está sugando parte do prêmio geopolítico do mercado aqui", diz Robert Yawger, da Mizuho. "Estamos caindo em direção ao fundo da faixa. Há um pouco mais de desvantagem aqui para US$ 66", acrescenta, citando o valor do barril. Do lado positivo para os preços, estão as expectativas pela condução de veículos durante a semana de Ação de Graças nos Estados Unidos, aumentando a demanda por gasolina, acrescenta.
Já a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pode avaliar manter o nível atual de restrição à produção de petróleo em sua reunião marcada para domingo, 1º de dezembro, afirmou o ministro da Energia do Azerbaijão, Parviz Shahbazov. Enquanto isso, o Irã se empenhará para não aceitar as limitações em sua cota de produção de petróleo, afirmou o ministro do Petróleo do país, Mohsen Paknejad. "Tanto a Opep quanto a Opep+ (Opep e aliados) têm alguns procedimentos que não são compatíveis com a situação em que nos encontramos... O que é certo é que nos empenharemos em não aceitar limitações à cota de produção", disse.
Na avaliação do TD Securities, com a China tendo dificuldade em regressar a uma trajetória de crescimento superior a 5% e com uma perspectiva menos robusta para o ciclo de flexibilização da Federal Reserve (Fed), o crescimento da demanda para o petróleo bruto está projetado para ser inexpressivo no próximo ano. Ao mesmo tempo, a oferta deverá ultrapassar o crescimento da procura, projeta.
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